O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou, no último dia 16, que o salário-mínimo vai subir dos atuais R$ 1.302 para R$ 1.320 a partir de 1º de maio, Dia do Trabalhador. A faixa de isenção do Imposto de Renda, por sua vez, vai subir para R$ 2.640, o que vai corresponder a dois salários mínimos.
Depois, informou o presidente da República, haverá elevação gradativa para R$ 5 mil na isenção do Leão, uma promessa de campanha. "Está combinado com o ministro Fernando Haddad que a gente vai, em maio, reajustar para R$ 1.320 e estabelecer nova regra para o salário-mínimo, que a gente já tinha no meu primeiro mandato. O salário terá lei da reposição inflacionária e crescimento do PIB", disse Lula em entrevista à CNN Brasil.
Conceder um reajuste real mais alto do salário-mínimo foi uma demanda do presidente, que pediu à equipe econômica uma busca com lupa por espaço no Orçamento. A elevação deve custar cerca de R$ 4,3 bilhões neste ano. O dinheiro deve sair de um pente-fino no Bolsa Família.
A aposta é que a gestão Jair Bolsonaro cadastrou beneficiários no programa social com critério alargado para ampliar as chances de reeleição do ex-presidente. No caso do IR, nas contas da XP, o impacto fiscal de aumentar a isenção do IR para dois novos salários-mínimos a partir de maio deve ser de cerca de R$ 10 bilhões.
Além do novo salário-mínimo, deve ser anunciado um pacote econômico que contará com o programa de renegociação de dívidas Desenrola, e a revisão da tabela do imposto de renda. (FONTE: DIÁRIO DO COMÉRCIO)