O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, ficou em 0,23% em maio deste ano. A taxa é menor que a de abril último (0,61%) e de maio de 2022 (0,47%).
Com o resultado, divulgado no Rio de Janeiro, nesta última quarta-feira, 07/06, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA – a inflação oficial do país – é de 2,95% no ano. Em 12 meses, o acumulado é de 3,94%, abaixo dos 4,18% acumulados até abril.
Segundo Denis Medina, economista e professor da Faculdade do Comércio (FAC-SP), a inflação de maio veio abaixo da expectativa do mercado, que era de 0,33%, o que sugere que o Banco Central poderá iniciar a redução da taxa básica de juros, a Selic.
“A inflação está entrando na meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, o que mostra que as ações do governo e as medidas de austeridade do Banco Central estão funcionando. Indica também que o BC pode iniciar a redução da Selic, o que será positivo para o crescimento econômico”, diz Medina.
O principal impacto na inflação de maio veio do grupo de despesas, saúde e cuidados pessoais, que registrou alta de preços de 0,93%, puxada por itens como planos de saúde (1,20%), itens de higiene pessoal (1,13%) e produtos farmacêuticos (0,89%).
QUEDA DE PREÇOS - Dois grupos de despesas acusaram deflação (queda de preços) e evitaram uma inflação maior: transportes (-0,57%) e artigos de residência (-0,23%).
O comportamento dos transportes foi influenciado pela queda de preços das passagens aéreas (-17,73%) e combustíveis (-1,82%) como óleo diesel (-5,96%), gasolina (-1,93%) e gás veicular (-1,01%).
Os alimentos continuaram registrando inflação (0,16%), mas em nível abaixo de abril (0,71%), devido ao comportamento de itens como preços das frutas (-3,48%), do óleo de soja (-7,11%) e das carnes (-0,74%). (FONTE: DIÁRIO DO COMÉRCIO)