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Consultas Equifax | Boa Vista

E-commerce passou a representar 13% do varejo restrito, diz Boa Vista

O e-commerce brasileiro manteve o crescimento em 2022, embora em ritmo menor que o observado em anos anteriores. De acordo com sondagem da Boa Vista, a expectativa é a de que o comércio eletrônico tenha avançado 11%, desacelerando em relação a 2021, quando cresceu 28,9%, e a 2020, quando a alta foi de 67,5%, impulsionado pela pandemia.

            Segundo a Boa Vista, em 2019 o e-commerce representava cerca de 5,8% do varejo restrito acumulado em 12 meses, apurado pelo IBGE, e em 2022, passou a representar aproximadamente 13% do varejo restrito.

      “A forte elevação se deveu, sobretudo, à pandemia, quando a necessidade de distanciamento social fez muitas empresas e consumidores se adaptarem àquele período”, informou o birô de crédito. Desde então, a representatividade do e-commerce em relação ao varejo restrito continua crescendo, mas em um ritmo consideravelmente menor.

     Mas, segundo a Boa Vista, existe um outro “entrave” ao desenvolvimento do e-commerce: os altos investimentos em infraestrutura tecnológica e logística que são necessários para integrar todos os elos desse negócio.

         “A perda de ritmo já era esperada, mas o crescimento do e-commerce ainda é robusto. Mais do que isso, é importante saber o potencial desse negócio. Alguns estudos, de outras empresas e consultorias, avaliavam que o e-commerce poderia vir a representar cerca de 20% do varejo restrito até 2025, mas este não seria, necessariamente, um limite para o varejo on-line no Brasil”, diz Flávio Calife, economista da Boa Vista.

         De acordo com ele, em outros países, onde esse mercado já está em estágio mais avançado, como na China e na Coréia do Sul, o e-commerce chega a representar cerca de 30% do varejo ou até mais.

        “A pandemia mudou o hábito de muitos consumidores e muitas dessas mudanças vieram para ficar, não só pela praticidade, como também pela diversidade de produtos que se pode encontrar no varejo on-line, geralmente, muito maior do que no varejo físico, e pelo fato de que o e-commerce também aceita diversas formas de pagamento, do tradicional boleto, a cartões de bandeiras variadas, Pix, entre outros”, diz Calife. (FONTE: DIÁRIO DO COMÉRCIO)